À Conversa com... Kevin Sands!

19/01/2017


Entrevista


Olá a todos!! :)

Hoje, trago uma publicação muito especial... Lembram-se da resenha do livro "A Chave de Blackthorn"?? Bem, eu adorei este livro, está muito bem construído, com personagens super cativantes e ótimas reviravoltas!! :)

Ora, contactei o autor, e após lhe dar a conhecer a resenha, o autor aceitou dedicar-nos uma conversa! E no Natal!! Por isso, deixo já o seu mais sincero agradecimento!!

Bem, eu tive a companhia da minha prima, Leonor, que me deu a conhecer o livro e ajudou com as perguntas ao autor... Obrigado!

Agradeço muito, pela ajuda preciosa na tradução à minha mãe (Obrigado, mãe!!), e uma mãozinha do amigo Francisco Teixeira!

Vamos ver como ficaram e saber mais sobre o autor?



1. Antes de mais, gostaríamos de perguntar quando começou a escrever?

Bem, eu comecei a tentar escrever histórias em 2009. Trabalhei em alguns manuscritos, mas nenhum se revelou muito bom... E só comecei "A Chave de Blackthorn em 2012, e estava a lecionar nessa altura (eu ensino numa secundária), tendo-o terminado em inícios de 2014. Contactei o agente e editoras e, em setembro desse ano. Portanto, eu escrevia já há uns anos antes de vender o que quer que fosse.

2. Agora, sobre ler... Qual o seu livro favorito?

Isso é uma questão impossível!, porque não consigo simplesmente escolher um livro, então vou escolher autores, e mesmo assim vou separá-los: para adultos, o meu favorito é Michael Crichton, vocês sabem, o autor de thrillers, que escreveu "Jurassic Park". Para crianças, a minha série preferida é Harry Potter. Gosto sempre de escolher outro, que é Brandon Mull.

3. Então, tem algum escritor que o inspira especialmente?

Não consigo dizer todos os meus favoritos, sou influenciado por Michael Crichton, Stephen King, Brandon Mull, J K Rowling. Mesmo quando era jovem, lia muita fantasia, como David Eddings. Não acho que exista um autor específico que me inspira. É mais como cada livro lido, na verdade, qualquer coisa boa, mesmo um programa de televisão, um filme ou um videojogo, tudo! Todas as boas criações que me fazem-me querer escrever eu próprio um grande livro.

5. Agora, sobre "A Chave de Blackthorn"... Primeiro, quantos livros haverão? (existe este, "Mark of the Plague" - ainda não publicado agora - podemos esperar mais?)

Sim. Na verdade estou a trabalhar no terceiro, neste momento. O meu editor já o tem... Será lançado na América do Norte em setembro. Após isso, não tenho um número fixo. Poderão ser tantos quantos as pessoas continuarem a ler e eu a escrever, tenho algumas ideias para histórias... Mas farei algumas coisas diferentes também, como trabalhar num livro diferente, depois do terceiro ser publicado. Mas poderá ser qualquer número, não tenho qualquer ideia fixa acerca de quando terminará.

6. Porque escolheu este tempo histórico específico em Londres, assim como a situação dos boticários?

Isso foi como... Bem, eu não sabia bem o que ia escrever quando comecei, tinha uma ideia básica acercas dos boticários, que eram práticos, por causa das poções, venenos, códigos e muitas coisas do género. Eu não sabia se o iria fazer histórico, fantasia, ou uma combinação dos dois, ou história alternativa. Mas este tempo prometia bons enredos e conspirações e foi uma boa forma de por História na história. E temos muita informação desse tempo (de diários, por exemplo), de como a vida era... Então, eu percebi que se eu escrevesse nesse tempo conseguiria criar inúmeros detalhes acerca de como o mundo era e foi por isso que o escolhi.

(estas capas originas estão maravilhosas!!)

7. De onde vem a sua inspiração para escrever este livro em específico?

Não faço ideia! Se alguém soubesse, gostaria que me dissesse, para escrever os outros livros mais facilmente. Às vezes, dispara-se simplesmente na tua cabeça, como "A Chave de Blackthorn" em particular. Eu estava sentado, a tentar pensar em novas ideias, mas quase nunca funcionava. A tomar banho, a assistir a qualquer coisa, mas é algo que aparece aleatoriamente, o que temos de fazer é experimentar quantas coisas diferentes conseguirmos, ler mais e ver mais, visitar novos lugares (como museus e coisas interessantes como essas), e as ideias apenas aparecerão na tua cabeça. Há um par de semanas descobri o que precisava ao ver um programa de televisão... Mas, sim, simplesmente surge aleatoriamente.

8. Como criou Christopher?

Eu tinha uma ideia clara de quem queria que ele fosse desde o início: curioso, um pouco imprudente e duro, e com o seu sentido de humor. Quando escrevi, saiu naturalmente. Não digo que não demorei um certo tempo a trabalhá-lo porque a última peça que precisava como autor para fazer com que gostassem do livro era encontrar a voz.

Estou atualmente a ler um livro de uma autora britânica, Francis Hardinge, estava a ver como ela usa a voz do seu personagem. E as vozes eram completamente diferentes dependendo da forma como ela utiliza aquela voz. Então, aprendi muito com isso. Ao ouvir aquela voz, tudo se formou na minha cabeça. Ele e eu não éramos iguais mas conseguia escrever muito e naturalmente acerca do que iria fazer e da sua situação.

9. O que teve de fazer diferente ao escrever para crianças?

Eu acho que depende para quem te diriges... Para crianças muito novas, tem de se escrever uma ação muito simples. Esses não são os livros que eu prefiro, gosto de histórias mais complicadas, como Harry Potter, como os livros de Brandon Mull. Assim, considero que, para leitores jovens, não devo manter as histórias simples (elas são bastante complexas), mas, por exemplo, as frases e os parágrafos são mais curtos. Mas claro que há coisas como conteúdo que têm de ser mais cuidadas (vocabulário menos apropriados, etc.). Fora isso, não creio que faça nada de diferente do que ao escrever para adultos.

10. Identifica-se com os personagens que cria?

Nem por isso... Quer dizer, tenho de o fazer para entender os seus motivos, é necessário entrar na sua cabeça de Christopher, Tom, Sally. Têm alguns traços com os quais me identifico (o Christopher é curioso, daí que tenha sido fácil para mim; mas não sou descuidado como ele, sou mais consciente como o Tom, quando ele diz "Não deveríamos fazer isto". No fundo, quando és um escritores, tens de te identificar com todos os teus personagens e ser realista.

11. Em que parte do dia normalmente escreve?

A maior parte das vezes é de madrugada, por volta das três, quatro da manhã, e normalmente até ao meio dia; outras, passo o dia inteiro a escrever.

12. Já alguma vez riu muito ou chorou a escrever?

De alguma forma... Nas partes mais emocionantes de "A Chave de Blackthorn", ao ler o que escrevi, fico chocado porque sei o que lhe vai acontecer! Portanto, definitivamente, sinto-me mais emocionado...

13. Relativamente a novos escritores, quais são os seus conselhos para eles?

Na verdade, tenho dois. O primeiro é escrever, sentado e concentrado, tendo a noção de que sentarmo-nos para escrever não é escrever, e planear acerca do que escrevemos também não é escrever. E só melhoras ao escrever!

A segunda coisa é que, quando és novo, não és muito bom. E não há problema, é normal não sermos bons quando começamos. Quanto mais escrever, mais reparas e melhoras. Eu escrevi três manuscritos antes de "A Chave de Blackthorn" e razão para não terem visto (e provavelmente nunca virem a ver) publicado, é porque eles não são muito bons. E, se és um escritor novo, tens que entender que não és bom, vais melhorar com o tempo e como o feedback dos leitores

Tentei ser o mais fiel possível na tradução, espero que tenham gostado de conhecer este autor, muito simpático e acessível, e com talento inegável para isto!! :)

E, se ainda não leram "A Chave de Blackthorn", corram fazê-lo!!! Obrigado, mais uma vez a Kevin Sands!!

Boas leituras!! ;)


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