Review: "Cidades de Papel", de John Green

13/03/2016



Editora: Editorial Presença

Autor: John Green

Edição: 11

Número de páginas: 302




Sobre o autor

John Green nasceu a 24 agosto de 1977, em Indianápolis, EUA. Trata-se de um conhecido vlogger, crítico e escritor americano, que tem a vindo a publicar vários livros, sendo que ganhou bastante visibilidade com o seu grande sucesso, "A Culpa é das Estrelas".



O livro

Olá a todos!!

Antes de mais alguma coisa, quero pedir-vos desculpa porque o blog tem andado um pouco parado! É que o meu tempo tem escasseado e os momentos de leitura tem sido ainda mais raros, para grande infelicidade minha!!

Bem, depois de acabar "Cidades de Papel", fiquei do género: Oh. Meu. Deus. Como é possível? Foi bastante triste, acreditem, e consegui até derramar uma lágrima! hehe Ou seja, agora é mais difícil recordar o começo do livro!

Começando com algumas considerações... Sabem quando estão à espera de uma coisa, e afinal sai tudo ao lado e as esperanças saíram goradas? Pois, foi isso mesmo que me aconteceu! Esperava algo do género "A Culpa é das Estrelas"... Mas não teve nada a ver...

Manteve-se a ironia! Isso foi igual!! Mas gosto bastante desse pormenor, que torna o livro jovem... Para além disso (e não apenas por isso), considero que John Green nos faz acreditar que os livros também existem para os jovens! É uma escritas leve, como que uma conversa entre jovens... Adorei!

Vamos, agora, à história e às personagens. O livro retrata o fim da adolescência e como se pode viver esta fase de formas (e com ideias) diferentes!

Quentin, protagonista e narrador, é um jovem normal. Os pais são preocupados, tem amigos com os quais pode contar... Enfim, não é um jovem popular, mas também não se preocupa muito com isso. Apenas uma rapariga lhe interessa: Margo Roth Spiegelman.

Conhecem-se desde crianças, mas o secundário afastou-os: Margo juntou-se aos "populares"... Já quase não se falavam, até que uma noite... Margo aparece à sua janela e leva-o numa viagem que dura a noite toda... Segundo ela, o objetivo era "repor a justiça", pedindo desculpa indiretamente a alguns conhecidos e ainda vingando-se de outros... :)

O livro encontra-se dividido em 3 partes:

A primeira: Esta noite de aventura, que permitiu ao leitor ir conhecendo algumas atitudes de Margo, bem como as suas ideias e crenças.

"Ao olhar-se para os olhos de Margo, via-se não só a "azulidade" mas também a "Margoidade". No fim de contas, não se podia dizer que Margo Roth Spiegelman era gorda ou magra, tal como não se pode dizer que a Torre Eiffel é ou não solitária. A beleza de Margo era como um invólucro selado de perfeição, inviolado e inviolável." 

Acho que dá para perceber que ele está "caidinho" por ela! :) ahah

A Segunda: Margo desaparece. Seria mais uma das suas aventuras? Quentin vê-se "obrigado" a tentar encontra-la... Enquanto imensas dúvidas pairam na sua cabeça... Q tem de seguir pistas deixadas por ela, e tenta desvendar algumas das suas frases daquela noite...

Margo: "Vê-se quão falso tudo isto é. Nem sequer é forte o suficiente para ser feito de plástico. É uma cidade de papel."

Achei esta parte mais parada... Contudo, importante! Para conhecermos melhor o protagonista e os seus amigos, pais, etc. E, claro, para compreendermos a determinação de Q em encontrar Margo.

A terceira: Uma pista indubitável (ou quase...) leva Q e os amigos a faltarem à formatura para fazerem uma grande viagem! Será que a encontram?

Para terminar, gostava de deixar algumas ideias... Em primeiro lugar, não considerei Margo uma personagem "chata", como muitos afirmam por aí...

Bem, os personagens secundários (maioritariamente os amigos, que ajudaram Quentin) desempenharam um papel fundamental no desenrolar da ação.

E é isto... Adorei! Aconselho a todos os que apreciem uma escrita jovem, e que seja capaz de prender o leitor!! :)

"Estou de pé no parque de estacionamento, apercebendo-me de que nunca estive tão longe de casa, e ao meu lado está uma rapariga que amo mas que não posso seguir. Espero que esta seja a verdadeira demanda do herói , porque não a seguir é a seguir é a coisa mais difícil que já fiz na minha vida"


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