Review: "Gregor: A Última Profecia", de Suzanne Collins

17/08/2018



Editora: Editorial Presença

Autor: Suzanne Collins

Edição: 1

Número de páginas: 336



Sobre a autora

Suzanne Marie Collins, nascida a 10 de agosto de 1962, é uma escritora e roteirista de ficção científica e literatura infantojuvenil americana, conhecida principalmente pela trilogia "The Hunger Games".



O livro

Olá a todos!! :)

Este é o último livro da série, o qual, felizmente, conseguiu endireitar a minha opinião relativamente à coleção. Especialmente com o maravilhoso final, que me deixou absolutamente de rastos...

Depois de voltar a Regalia, Gregor percebe realmente que a guerra contra os ratos está em andamento. A ferro e fogo. E a mover os outros seres da Subterra, que se articulam em alianças e organizações traiçoeiras.

Para além disso, o destino da guerra e a destruição do Bane estão decididos na Profecia do Tempo, que anuncia a morte do Guerreiro e a necessidade de deciframento do Código da Garra, através do qual os ratos comunicam as suas estratégias. E o tempo está mesmo a contar...

Tique-taque

Tique-taque...

É de salientar que a estrutura deste livro corresponde a uma quebra completa relativamente à que organiza os restantes volumes da série. Em vez de termos uma aventura do início ao fim, em "A Última Profecia", acompanhamos Gregor no interior de Regalia, sujeito a diversos perigos mas também em menos momentos de ação.

E esta diminuição da aventura (cortada pelos confrontos finais) permitiu um maior desenvolvimento de algumas personagens, psicologicamente pinceladas em tons de cinzento, não existindo uma única perfeitamente boa ou completamente má. E a maioria faz-nos querer saber delas e do seu futuro.

Também os problemas de criatividade foram amenizados. Neste livro, são-nos apresentados novos detalhes sobre a Subterra, a sua história e membros, e mesmo no que toca à crença nas profecias de Sandwich.

A escrita de Suzanne Collins permite uma leitura fluida, mas marcada pelas pausas necessárias ao pensamento e à visualização. A narração consegue alternar entre o sombrio e o engraçado com uma facilidade (e naturalidade) impressionantes, revelando mais uma vez o talento da autora. Ainda assim, achei que, em certos momentos, as explicações e lembranças do passado eram desnecessárias, tendo lido algumas formas de pensar demasiado repetidas quando não precisavam de ser reforçadas.

O final foi, sem qualquer dúvida, a melhor parte de todas. Após ter sido dado um fim adequado a todas as personagens (e de algumas não terem sobrevivido à guerra), eis que Suzanne Collins revela o seu talento para o agridoce. E, mesmo no final, entramos na mente de Gregor e caímos com ele no vazio, na indiferença após tudo o que viveu porque nada no mundo real pode ser como ele, que já não é o mesmo, na mistura de esperança e desesperança na humanidade e na sua tendência para a sempre inaceitável guerra. O mundo fica cinzento. Apenas habita em nós a solidão, o nada.

E isto fez-me voltar ao final de "A Revolta", a mesma mensagem, a mesma intensidade morta.

(Algumas personagens da história, em determinados momentos, fizeram-me pensar na minha adorada trilogia: Ripred e Haymitch, Coin e Twirltongue, etc. E os muitos sentimentos comuns também não me passaram ao lado).

Seja como for, não foi uma coleção perfeita, mas, de forma geral, a nível 4... Venham mais!

Boas leituras!! ;)


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