Review: "O Silo", de Hugh Howey

19/01/2021



Editora: Editorial Presença

Autor: Hugh Howey

Edição: 1

Número de páginas: 528




Sobre o autor

Nascido em 1975, Howey cresceu na Carolina do Norte e veio a dedicar-se à escrita em formato freelancer. Após o sucesso digital deste livro, a obra passou para o papel e vendeu em mais de 20 países.



O livro

Olá a todos!! :)

Então... Este foi outro dos livros que tinha aqui por casa há uns aninhos e que nunca cheguei a ler, apesar de ser de um dos meus géneros favoritos. Mas, bem, já que estava nessa vibe, decidi avançar. E, bem... Podia ter sido muito pior!

Mas vamos ao princípio! Ao Silo. Ao silo subterrâneo onde toda a população que conhecemos vive. Ao Silo que permite um vislumbre do mundo árido e tóxico lá fora através de umas janelas que, de anos a anos, ficam acumuladas de sujidade.

Ao Silo onde o maior crime é pensar no exterior. E quem quer que ouse comentar que quer ir lá fora, acaba realmente a ir... E a morrer logo após a limpeza das janelas, que se manterão limpas até ao dia em que novamente alguém é condenado à mesma pena.

Foi o que aconteceu com a mulher do xerife há três anos atrás. É o que acontecerá com ele hoje. Será mesmo assim o mundo lá fora?

Bem... Tudo o que tenho a dizer é que a história é super criativa! A criação do mundo é verdadeiramente única e tem um tom sombrio e mecânico muito particular e que consegue realmente demarcar-se de todos os livros do género que já li!

Mesmo a forma como somos introduzidos ao que acontece naquele lugar, às formas de pensar, ao seu passado, às divisões e sistemas: simplesmente perfeito. E muito bem pensado! Não tenho dúvidas quando digo que as coisas já se encontravam bem maturadas antes de a escrita acontecer.

A escrita ajuda imenso. Não a narrativa (atenção!), mas já falo sobre isso! Estou mesmo a referir-me ao articular das palavras, à forma como elas encaixam naturalmente, no mesmo tom escurecido e vagamente seco que todo o livro detém. À forma como algumas frases nos deixam a pensar e as reflexões nos fazem sentido.

Agora, o problema: falta de objetividade. Sinto que tenho apresentado esta crítica várias vezes ultimamente, mas sinto-o realmente. E, neste livro, a um exponente ridículo. Temos vários capítulos em que a ação somente não avança, perdemos demasiado tempo com histórias secundárias para mudarmos o foco da narrativa para outras pessoas na parte seguinte. Mais ainda, basicamente todos os capítulos poderiam ser encurtados! E existem parágrafos somente desnecessários, com pensamentos irrelevantes e palavras a mais. Confesso que, mesmo gostando da escrita, muitos parágrafos foram somente lidos na diagonal, porque estava difícil de manter algum ritmo na leitura. Em suma, 300 páginas seriam mais do que suficientes (e, sim, a letra destas 550 páginas é minúscula!).

As personagens são interessantes, mas não as consigo distinguir muito de tantas outras na minha cabeça. Senti empatia por elas a dada altura na leitura, mas sei que daqui a uns meses não me recordo do nome de basicamente nenhuma.

Seja como for, gostei muito de conhecer este mundo diferente e fiquei algo curioso com a continuação (apesar de não ter sido publicada em Portugal... Veremos se tenho assim tanta vontade de ler :P). Para além disso, consegui encontrar aqui algo que ADORO: reviravoltas. Existiram umas quantas linhas de reviravolta sobre qual era a verdade do Silo que me deixaram mais preso à leitura!

Boas leituras!! ;)


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