Review: "O Último Adeus", de Kate Morton

03/01/2021



Editora: Suma de Letras

Autor: Kate Morton

Edição: 1

Número de páginas: 616




Sobre a autora

Crescida em Queensland como a mais velha de três irmãs, Kate Morton veio a tornar-se escritora. Hoje, vendeu mais de 10 milhões de exemplares com os seus romances.



O livro

Olá a todos!! :)

Este é o típico livro que fica pousado na estante durante anos. Uma história pronta a ser desvendada, mas ainda escondida entre as páginas fechadas. Até ao dia que eu decido pegar nele. E descobrir o que andou tão perto e tão longe de mim.

A história de Alice Edevane, que nos anos 30 era uma simples rapariga de 17 anos. Adorava escrever e criar histórias com um toque obscuro. Quase tão obscuro como o que toldou o desaparecimento do irmão de dois anos, a meio de uma festa dada na sua grande casa, Loeaneth.

Em 2003, Sadie, uma agente de polícia em férias forçadas por motivos que não vou revelar, acaba a envolver-se no mistério desse desaparecimento, unindo as pontas que se foram desfazendo com o passar do tempo. E, para isso, vai falar com Alice, agora uma escritora de décadas de experiência na publicação de histórias misteriosas e impactantes. Estará ela preparada para abrir as portas ao passado?

Bem... Como é que hei de dizer isto... Acho que não outra forma mesmo: este livro tinha sido tão bom se tivesse menos páginas! Claramente, poderíamos ter sido poupados a uma data de conteúdo irrelevante. E o a própria trama, com metade das 616 páginas, seria 1000 vezes mais bem aproveitado!

A história base não é incrivelmente inovadora, mas tem uns toques que a vão tornando algo especial e diferente. Especialmente no que toca ao que vamos conhecendo acerca das personagens e do impacto das duas Grandes Guerras na sua vida.

As personagens não são sempre cativantes. Mas há algumas com traços marcantes, sem dúvida nenhuma. E Alice Edevane é uma delas. Apesar de não ser 100% cativante, consigo entrar na sua cabeça, imaginá-la real, com textura e camadas.

A escrita é uma grande mais valia para a história. Não é das que marcam por uma proximidade ou fluidez narrativa de quem está a conversar connosco. Contudo, tem um ritmo embalador e um vocabulário cuidado que nos faz sentir que acertou na mouche em cada palavra do que queria significar. Delicia-nos.

O problema aqui é o tamanho, a tremenda falta de objetividade. A sério, eu odeio quando as coisas se podiam fazer de forma tão clara e direta e acabam a perder-se nas palavras a mais. Nas cenas desnecessárias. Nas descrições extensivas... E isso fez com que perdesse um verdadeiro interesse na leitura já nas primeiras duzentas páginas. Pura e simplesmente, não acontecia nada de relevante. O tempo andava para trás e para a frente nas gerações da família e histórias que as marcaram. Até me fez lembrar "Os Maias", vejam lá!

Seja como for, se não se importam com estes problemas, força! Se realmente não for um problema para ti, acredito que vás gostar de assistir a uma ou outra reviravolta nas tuas teorias ao longo da leitura do livro!

Boas leituras!! ;)

(Sinto que não disse nada de especial hoje... Mas talvez não sinta que há mais nada a dizer.. Que o livro não é mesmo mais nada de especial. :/)


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