TV: As telefonistas (2ª temporada)

04/04/2019

Episódios: 8 (50 min) - País de origem: Espanha - Ano: 2017

Avaliação: 8/10

Trailer

Review


Olá a todos!! :)

As séries de língua espanhola têm, definitivamente, proliferado além fronteiras. E a principal responsável é a nossa Netflix. Depois de "La Casa de Papel", com nova temporada a estrear em julho, surgiram "Elite" e o filme "Miragem", também original da maior distribuidora de streaming a nível mundial.

A verdade é que "As Telefonistas" é uma série que antecedeu a este grande boom, mas que começou a ser ainda mais conhecida após o sucesso inquestionável do grupo de assaltantes mais conhecidos do mundo.

Transportando-nos ao ambiente vivido na Espanha dos anos 20, "As Telefonistas" afirmam a liberdade e, acima de tudo, o papel da mulher na sociedade (atual).


Depois do final dramático da primeira temporada, começamos a segunda num ambiente ligeiramente diferente... A Companhia dos Telefones já não é propriedade dos Cifuentes, e Lídia desempenha agora funções superiores às de telefonista. Mas não é apenas isso que se altera... A história sofre uma grande reviravolta quando o nosso grupo de mulheres unidas se vê a braços com a fuga ao crime que cometeram em legítima defesa... Sim, um homicídio.

E as provas de violência doméstica não seriam motivo suficiente, especialmente quando as criminosas são um grupo de mulheres, e a vítima um homem. Daí que o cerco tenha apertado quando elas decidiram livrar-se do corpo com vestígios que servem de prova...


Tenho que ser sincero... A segunda temporada resume-se a uma aplicação algo modificada da mesma fórmula que originou a primeira. Mas isso não é necessariamente mau. Pelo contrário, "As Telefonistas" mantêm-se uma série consistente e consequente com o rumo que decidiu seguir. Para além disso, se gostaram da primeira temporada, certamente continuarão a apreciar esta.

Algo que definitivamente se altera é o manancial de temas apresentados, ao juntar ainda questões de identidade de género (e afastando conversas sobre prostituição). No meio de todos os problemas e confusões (numa série em que raramente as coisas são preto no branco), as personagens ainda dão corpo a estes ideais de luta contra as retrógradas normas sociais.

Talvez seja mesmo esta força e rebeldia que faz das personagens tão cativantes. Salvo raras exceções, todas se conseguem afirmar espontaneamente e libertar o que sentem quanto ao cenário vivido num momento ou noutro. E o trabalho dos atores neste campo foi bem conseguido.

As músicas estão claramente fora do contexto, o que foi alvo de controvérsia no seio dos fãs da série. Eu fico do lado dos que não encontram problema algum, até porque a sonoridade moderna confere um toque fresco e arrojado à série. Sem contar que, em conjunto com tudo o resto desta criação (incluindo a luz, o guião e mesmo o guarda-roupa) constrói impecavelmente o tom d'"As Telefonistas".

Este mantém-se coeso até ao finalzinho, pelo que a temporada termina com o mesmo sentimento de continuação em potência e uma certa ambiguidade sentimental que, de resto, já é um traço caracterizador da história.

Não vou mentir, esta é uma série a tender para o soapy (não obstante o pequeno twist e o modo de construção da história). Todavia, é indiscutível como detêm uma qualidade (bem como um guião e uma estrutura) que uma telenovela nunca teria.

Boas leituras!! ;) 


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