TV: Inside Out

27/11/2018

Duração: 95 min - País de origem: USA - Ano: 2015

Avaliação: 6/10

Trailer

Review


Olá a todos!! :)

Para quem não sabe, "Inside Out" é um filme de animação que tenta, através de uma pequena história, retratar o funcionamento da mente humana, numa visão psicológica pretensamente inovadora.

Riley é uma rapariga sempre feliz, que gosta de jogar hóquei e ama a sua família mais do que qualquer outra coisa no mundo. Bem, a família e... a sua terra-natal.

Assim, quando se vê obrigada a mudar-se para São Francisco por causa do emprego do pai, as suas emoções - alegria, medo, raiva, náusea e tristeza - entram em conflito, e Alegria tem de viajar com Tristeza pela mente de Riley para devolver as memórias fundamentais da menina à Torre de Comando, ao mesmo tempo que os outros três, sem o seu auxílio, deixam a vida de Riley cair num cenário absolutamente desconcertado.


Não posso dizer que não achei interessante o modo como tudo nos foi apresentado, criando um mundo complexo que inclui as emoções, as ilhas que servem de pilar para a nossa vida, a forma fantasiada como as memórias são armazenadas, triadas, excluídas e até repescadas.

No entanto, esta apresentação é claramente demasiado complexa para crianças a partir dos seis anos, especialmente com tão poucas explicações. Além do mais, pressupõe-se que o espetador domina um conjunto de temas relacionados com esta ciência que definitivamente crianças desta idade não dominam, pelo que são incapazes de entender as relações e referências presentes em todo o filme.

Claramente, um dos maiores problemas deste filme é a lamentável falha de direção: não existe um público-alvo ao qual o filme se dirija. Por norma, os filmes de animação encontram um bom meio termo, deleitando as crianças e não deixando os adultos de fora. "Inside Out", pelo contrário, deixou ambos de fora, uns porque não conseguiram alcançar a verdadeira mensagem, outros porque não encontraram nenhuma piada mais desenvolvida, a seu género, ou mesmo uma escrita não tão puramente infantil.

Seja como for, não se pode tirar o brilho a um ou outro momento mais engraçado e devidamente construído no seu contexto... Bem como à verdadeira depressão em que outras cenas nos fazem mergulhar. A tristeza, a compaixão, a saudade... As emoções desempenham um papel fundamental no meio de tudo isto.

E também as personagens, ainda que por vezes parcamente construídas, conseguem evoluir e deixar-nos a pensar em algumas questões, enquanto nos vão entretendo com a sua história simples...

E com este amadurecimento, o final traz-nos uma mensagem (conseguida para quem a entendeu), num claro apelo à saúde emocional, numa espécie de equilíbrio e igual valorização dos diferentes sentimentos.

Boas leituras!! ;)


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