À Conversa com... R M Romero

10/02/2018


Entrevista


Olá a todos!! :)

A publicação de hoje é muito especial. Estou muito feliz por ter tido oportunidade de falar com a autora de "O Fabricante de Bonecas de Cracóvia", R M Romero.

A escritora mostrou-se muito disponível para a realização desta conversa, e foi extremamente simpática durante a entrevista, respondendo a todas as perguntas com um sorriso maravilhoso nos lábios!! E é, sem dúvida, uma autora que devemos conhecer!

Prontos??




I - Introdução

1. Gostaria de começar com uma frase que usa no seu website, na qual diz que criou histórias a sua vida inteira. Podemos saber quais são essas histórias ou porque não tentou publicá-las?

Eu costumo escrever histórias próximas dos contos de fadas, com muita magia, animais falantes, e relacionadas com História (eu sempre gostei de História). Tenho algumas short-stories, mas não me sentia capaz de escrever um livro até aos finais dos meus vintes, e aí eu comecei realmente a escrever. "O Fabricante de Bonecas de Cracóvia" foi o primeiro livro ao qual disse "Oh, isto tem potencial! Consigo imaginar pessoas a quererem realmente lê-lo."

2. Como é que a música e a não ficção a ajudam a escrever histórias?

A música, para mim, é mesmo essencial, quando estou a escrever. Ajuda-me a perceber a disposição (humor) em cada cena; por isso, costumo ouvir peças instrumentais ou músicas em línguas que não conheço muito bem, para não ficar distraída.

A não ficção ajuda-me, porque é uma fonte de inspiração, na verdade. Quer dizer, tu podes saber tanto a partir da História, incluindo imensas histórias emocionantes, é por isso que gosto de investigar mais. E existem sempre detalhes que podes integrar nos livros.

II - "O Fabricante de Bonecas de Cracóvia"

3. Poderia contar-nos como foi a sua experiência a usar NaNoWriMo (National Novel Writing Month) para começar a escrever o livro?

Acho que foi extremamente útil: tudo o que tens de fazer é passar a história a papel. Deixamos de lado os pormenores de edição que te distraem, e os pensamentos como "Oh, isto não está bem", ou "Isto não está muito poético". A única meta é escrever 50 000 palavras, um livro pequeno.

Foi ótimo para mim, porque, pelo menos, permitiu-me escrever o primeiro rascunho do livro e ter uma base para tudo o que depois escrevi.

4. Como é que a Terra das Bonecas e a história de Karolina apareceu na sua mente?

Eu sempre gostei deste tipo de história, e também o ballet. Eu tirei muito "daqui e dali" para colocar na Terra das Bonecas, com todos aqueles doces e ballet; foi daí que tirei a sua estética. Em criança, eu nunca gostei muito de bonecas, por acaso, sempre as achei arrepiantes. Mas a minha irmã adorava. Na verdade, a sua primeira palavra foi boneca. Por isso, quando ela queria contar-me algo (que ela não queria realmente contar), ela usava uma das suas bonecas, que eram muito doces e honestas... É daqui que a sua imagem vem.

5. Acha que tem de ser mais "cuidadosa" aos escrever para os leitores mais novos, especialmente quando falamos sobre temas mais sombrios, como o Holocausto?

Creio que sim. Eu sinto uma grande responsabilidade em relação à história e aos leitores mais novos ao escrever este livro. Eu queria ser honesta com eles sobre o que aconteceu, mas não também não queria assustá-los. Queria fazer dela algo possível de compreender, mas sempre com honestidade e uma luz clara.

6. E o rápido sucesso deste livro? Como aconteceu, e como foi ver o livro que escrever a correr mundo?

Foi fantástico! Porque eu não tinha a certeza de que alguém quereria ler este livro. Bem, eu tinha algo incomum, que era a junção de um elemento mágico com a História. Mas tudo aconteceu tão depressa, a forma como explodiu. Estou tão feliz que as pessoas tenham visto este livro da forma como o fizeram, à volta do mundo. Está a ser uma experiência linda.

III - Conclusão

7. Aconselha os novos autores, dizendo que "a história que estão com medo de escrever é provavelmente a que deviam estar a escrever". Poderia explorar a sua opinião?

Claro! Então... "O Fabricante de Bonecas de Cracóvia" é uma história da qual eu tinha medo de escrever, por ser sobre a Polónia e o Holocausto, desde que fui à Polónia em adolescente. Continuei a evitá-lo e continuei a evitá-lo... Mas, finalmente, peguei na história e, ou parava definitivamente esta história, ou mergulhava nela, mesmo sabendo que seria algo emocionalmente difícil para mim. E isso pode ser verdadeiramente assustador, tu estás a mostrar o teu mundo e partes de ti mesmo, mas é daí que a melhor escrita vem, levando-nos a temas que são profundamente pessoais para nós.

8. Tem novos conselhos para autores que gostasse de partilhar?

Antes de mais, quero dizer que a história que tu amas, vale sempre a pena, mesmo que aches que possa não ser boa ou não ter uma audiência. É sempre importante transpô-la para o papel.

E também: nunca desistas, porque a escrita (ou qualquer outro trabalho criativo) envolve muita rejeição, o que dói tanto, porque tudo é tão pessoal. Mas, ao mesmo tempo, quando alguém agarra a tua história, ou a peça musical que escreveste ou uma pintura que fizeste, é uma experiência inacreditável e tudo vale a pena no final. No final, alguém vai pegar no teu trabalho, possivelmente não neste, mas em algum que tenhas feito ou venhas a fazer.

9. O que podemos esperar quanto a futuras publicações?

Eu gostava de continuar a escrever para os leitores mais novos. Eles são tão entusiásticos em relação às histórias que fazem tudo mais divertido. Escreverei sempre sempre coisas inspiradas pela História e por contos de fadas, inspirados em personagens que estarão sempre connosco. É isso que podem esperar de mim.

Então, o que acharam? Pessoalmente, penso na autora como alguém refrescante e sorridente, ainda com muito para dar! :)

Se ainda não leram "O Fabricante de Bonecas de Cracóvia", então façam-no depressa. Tenho a certeza de que irão gostar!

Boas leituras!! ;)


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