Review: A minha aventura com Camilo Castelo Branco...

10/01/2021




Olá a todos!! :)

Sim, sou eu! O Diogo! O mesmo Diogo que adorou The Hunger Games e Harry Potter, que gosta de fantasia, YA, distopia e romances. Nenhum alien me comeu o cérebro e entrou no meu corpo (ou será isto ele a dominar os meus pensamentos? :P). Bem, seja como for, acho que ainda sou eu. O Diogo que quase sempre acabou a olhar para os livros que dissecamos em Português como uns fardos pesados e feios. Mas a verdade é que, com poucos livros em casa para ler, acabei a aventurar-me em dois livros de Castelo Branco.

E a verdade é que ler fora desse fantasma da disciplina faz TODA a diferença. Pelo menos foi o que senti com Amor de Perdição. E é essa experiência que venho partilhar convosco!

Li As Novelas do Minho num desafio de Verão em que participei pelo Instagram. Não foi de todo uma boa experiência. Não consigo sequer lembrar-me hoje de quase nada daquele livro. Sei que havia crítica social, mas tudo o resto não é mais do que a vaga memória de histórias avulsas que não me disseram grande coisa.



Já com Amor de Perdição foi bem diferente. E, portanto, é neste clássico e conhecido livro que me vou focar hoje! A história de amor entre Teresa e Simão que nos faz lembrar a de Romeu e Juleita, um amor proibido pelas famílias e por isso impossível para a sociedade da época. Um amor sem possibilidades que acabou tragicamente. (Claro que não vou revelar spoilers, tenham calma ahahahah)

Seja como for, aquilo que senti sobre a base da história foi falta de criatividade. A premissa é desgastada, e claramente já o era naquela altura. E não creio que tenha sido explorada de forma particularmente original. De todo.

Seja como for, houve aqui algo que me fez prender à leitura! (E atenção, eu disse à "leitura", não à história.) E esse algo foi a escrita do autor. Absolutamente soberba. E digo isto como quem conseguiu sentir todas as palavras e não avançou frase nenhuma para não perder nenhum fragmento da experiência. A sensação é muito próxima àquela que sentimos quando estamos a ler os nossos primeiros livros sozinhos: umas palavras diferentes e desconhecidas, o entendimento não é sempre imediato. Saboreamos de forma diferente. E o ritmo especial desta escrita ajudou imenso a esta sensação deliciosa.

Já as personagens dividiram-me os pensamentos. Se houve algumas pelas quais senti uma leve simpatia, houve outras que me foram simplesmente indiferentes. Na verdade, de forma geral, elas são muito planas, previsíveis. E construídas à volta de uma simples característica ou ideia da qual nunca chegam a sair.

O mais complicado para mim foi assistir a todo o romance principal, entre Teresa e Simão, e não ter sentido grande coisa. Era muitas vezes longínquo e chegou mesmo a soar-me impessoal. E isto estende-se de forma geral a todas as relações nesta história, que acabam por não ser muito desenvolvidas, aprofundadas ou sequer alteradas ao longo do tempo.

Para uma história pequena como esta (168 páginas), a escrita incrivel e o toque de crítica que ia notando foi suficiente para me manter na leitura apesar da trama ter sido mediana para mim. Seja como for, devo dizer que gostei de redescobrir esta história fora das paredes da sala de aula. Sim, porque nessa altura não daria mais de 1 estrela, no máximo 2..!

Com mais dois livros dele cá em casa, talvez ainda traga outra opinião, who knows.. :P

Boas leituras!! ;) 


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