Review: "Escrito na Água", de Paula Hawkins

28/07/2019



Editora: Topseller (2020)

Autor: Paula Hawkins

Edição: 8

Número de páginas: 384




Sobre a autora

Nascida na Rodésia (atual Zimbabué), Hawkins trabalhou para o The Times na área de negócios. Depois de passar por algumas universidades sonhecidas, acabou a escrever... Em particular, o mundialmente famosso thriller psicológico "A Raparaiga no Comboio".



O livro

Olá a todos!! :)

Então, como vão essas leituras? Eu cá, estive ocupado com o livro "Escrito na Água", aqui há uns tempos... Sabem como é, thrillers nunca ficam nas nossas mãos durante muito tempo. E este chegou às minhas com alguma facilidade, assim que decidi trocar uma prenda de aniversário que era um livro que já tinha. A minha curiosidade por "A Rapariga no Comboio" estava aguçada, mas, assim que vi este livro da mesma autora em capa dura... Enfim, não resisti e trouxe esta edição comemorativa para casa! ;)

E assim me deixei introduzir na história pastosa e enevoada aonde este livro nos traz... A uma pequena vila americana onde, desde há séculos, raparigas de alguma maneira problemáticas acabam mortas no "Poço das Afogadas", uma porção fantasmagórica do rio que atravessa a localidade. Tudo começa com a morte de Nel, a mulher que viveu obcecada com essas mortes e que acabou por conhecer o mesmo fim trágico...

Ao longo desta história, é impossível não nos questionarmos sobre que força mística atrai tais acontecimentos macabros até àquele local, para além de percorrermos toda a história entre as várias "sub"-ações, questionando-nos o que raio têm estas que ver com a morte de Nel... Terá sido um suicídio? Ou algo que justifica a intervenção constante da polícia que tem vindo a tomar lugar desde o princípio?

Este é um thriller capaz de nos prender à leitura durante algum tempo. Pelo menos assim que a lentidão inicial dá lugar a um constante fluxo de novas informações que vão gradualmente alimentando o leitor. A verdade é que, inicialmente, assistimos a um conjunto de ações cujo significado somos incapazes de compreender. E é claramente uma confusão superior àquele que se pretende para adensar o mistério da trama.

Para além de desconhecermos as motivações que levam as personagens a agir, a certa altura, sentimos que pura e simplesmente as coisas se tornam um pouco... aborrecidas. Pelo menos, até começar a surgir o rol de insinuações e desconfianças.

Para que possamos sentir os envolvimentos e as implicações de um mistério que atravessa toda a localidade, são introduzidos vários pontos de vista, alternando-se a narração entre um conjunto vasto de personagens. Pois... talvez demasiado vasto, o que complica o devido acompanhamento da história. Seja como for, encontram-se todos bem articulados e conduzidos com talento. 

De alguma forma, dada a possibilidade de exploração de personagens em todo um mundo de narrações em primeira pessoa (exceto no caso de Jules, a qual fala na segunda pessoa, sempre para a irmã falecida, Nel), não consigo deixar de sentir que as personalidades poderiam ter sido melhor construídas.

Ao mesmo tempo, é simultaneamente estranho e ótimo adentrar na densidade confusa que vai na mente das personagens, no meio de tantos problemas. Se as personalidades, não estão bem trabalhadas, por outro lado a mentalidade psicológica (enquanto genericamente humana) é interessantemente sondada.

De qualquer das formas, e não obstante a falta de foco estendida à intriga (que leva a uma revelação final, no mínimo, fraca), gostei de ser conduzido pelo estilo pausado e cinzento de Paula Hawkins a um mistério que, para quem não tiver expectativas elevadas quanto ao que se espera de um thriller, será uma leitura bastante prazerosa!

Boas leituras!! ;)


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