Review: "Gravar as Marcas", de Veronica Roth

08/12/2018



Editora: HarperCollins Ibérica

Autor: Veronica Roth

Edição: 1

Número de páginas: 460




Sobre a autora

Veronica Roth nasceu em Nova Iorque, a 19 de agosto de 1988. Nos seus tempos de faculdade, escreveu "Divergente", a sua primeira publicação, que iniciou a coleção que lhe valeu uma série de prémios literários muito conceituados.



O livro

Olá a todos!! :)

Antes de mais, gostaria de agradecer o envio de um dos livros mais bonitos da minha estante à JB Comércio Global. A sério, já viram bem esta capa??

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Bem, mas vamos ao livro...

Tudo se passa numa galáxia longínqua, com um planeta onde todos têm poderes especiais vincados pelas suas personalidades e vivências: os dons-correntes. Mas este planeta está dividido em dois, dois povos que se odeiam mutuamente e anseiam a aniquilação do lado oposto...

Assim, de um lado, temos o violento povo Shotet, ligados às ideias de luta e de assassinato pela honra. Aqui, Cyra é usada pelo irmão (um tirano cruel), vendo o seu poder a torturar e matar os inimigos do regime... Na outra metade, Thuvhe, Akos vê a sua família ser destruída por soldados do outro povo, quando ele e o irmão são levados para a Nação inimiga devido aos seus perigosos destinos...

E é assim que Akos é empurrado para o doloroso mundo de Cyra, a qual poderá ser a sua única aliada... ou uma inimiga inesperada.

Devo dizer que estava com a fasquia demasiado alta... Talvez tenha sido isso que me fez pensar que o livro não é tão bom quanto gostaria, quando, na verdade, qualidade não lhe falta. Mas, claro, também não chega ao nível de "Divergente"...

Contudo, em alguns momentos, eu não tive dúvidas de que foi mesmo Roth quem escreveu aquelas páginas. Incluindo o curioso facto de a autora associar sempre elementos da realidade fictícia a um progresso emocional das personagens: em "Divergente", temos o soro das simulações; em "Gravar as Marcas", é a misteriosa corrente que permite que os poderes de cada um se manifestem de acordo com a personalidade e o estado de espírito individual, o que significa que são possíveis algumas mutações a par do amadurecimento das personagens.

Também não podia negar que a escrita era a de Veronica Roth. Verdadeiramente deliciosa, e em tons de pastel... Com as pausas necessárias e o toque quase casualmente filosófico.

Até o modo de criação de um mundo completamente novo me recorda a forma de construção da autora: os pormenores cuidados e com significados, a criação de realidades novas que são interpretadas de forma distinta pelos diversos povos. Enfim, Roth é capaz de ir criando verdadeiras culturas, com as suas particularidades interpretativas e até linguísticas, mas que, desta vez, precisavam de um maior número de concretizações práticas.

Não posso deixar de apresentar alguns aspetos que, infelizmente, me impediram de dar uma nota muito alta, tendo-me desiludido um bocadinho... A começar pela difícil visualização dos espaços e até das personagens. Em diversos momentos, foi quase impossível imaginar-nos nos lugares descritos.

Outra questão foi o mau aproveitamento da narração articulada entre Cyra e Akos... Antes mais, é de estranhar que as cenas do ponto de vista do rapaz sejam narrados em terceira pessoa, quando Cyra aparece sempre como narradora. E, depois, até metade do livro, a história consegue manter-se na perspetiva da mesma personagem durante quase 100 páginas...

Não obstante a lentidão a meio, que quebrou irremediavelmente o ritmo de leitura, as personagens são bem trabalhadas e o final é repleto de ação e significados para a história.

E, como de costume, Roth termina o livro com umas cenas que me fazem ansiar pelo próximo volume. E quero lê-lo para ontem!! Obrigado, JB Comércio Global, pela oportunidade de conhecer "Gravar as Marcas"!

Boas leituras!! ;) 


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