Resenha: "Memórias da II Guerra Mundial", de Winston Churchill
Editora: Texto
Autor: Winston Churchill
Edição: 2011
Número de páginas: 160
Sobre o autor
De aluno medíocre e jovem rebelde com problemas de fala, Churchill tornou-se um dos políticos mais conhecidos de Inglaterra, e um dos quatro líderes mais marcantes do século XX, famoso pelos seus discursos de influência e pela estratégica invejável.
O livro
Olá a todos!! :)
Vocês sabem que eu gosto de História... E, ainda que não seja especial fã das épocas de Guerra Mundial, seria incapaz de deixar este livro mais tempo na minha estante sem nunca o ter sequer folheado.
Todos sabemos um pouco sobre Winston Churchill. Ou, pelo menos, reconhecemos o seu nome com uma certa facilidade. O grande político das Guerras, dizem uns. O maior estratega de sempre, alegam outros. Bem, quer concordemos, quer não, há algo que somos obrigados a admitir: Churchill foi uma das maiores figuras políticas do século XX.
Neste livro, Churchill evoca as suas memórias da II Guerra Mundial e conta os acontecimentos deste período sob a sua ótica de observador-participante. Dado o tamanho da obra original, esta foi dividida em diversos volumes pela Expresso e pela Texto aquando do seu lançamento.
Este primeiro volume centra-se essencialmente nas causas da Guerra. E claro que as "sementes de uma nova guerra" deixadas pela I Guerra Mundial tinham de abrir todo o conteúdo do livro. Ou não tivessem tantos conflito e diplomacias ficado mal resolvidos ao ponto de originar um novo conflito ainda maior.
(Como podem perceber, é necessário que o leitor já possua conhecimentos - pelo menos vagos - de História, pelo que não aconselharia a quem não saiba nada sobre este período ou os períodos vividos pelas nações envolvidas. É altamente provável que, desprovido dessas bases, o leitor se sinta perdido. Perdido pelos nomes e situações descritas com alguma celeridade, e também pelos factos aparentemente isolados que se relacionam com o cenário do pré-guerra e cuja ligação não é claramente explicitada pelo autor).
Contudo, é certo que, fora isso, tudo se torna simples. E tudo se torna simples, porque tudo é apresentado de forma intuitiva... Como apenas um estratega e jogador político nato conseguiria explicar. É, de facto, curioso ver a História a desenrolar-se aos seus olhos atentos do presente...
Melhor ainda é o modo como Churchill consegue combinar a manifestação das suas opiniões acerca das decisões políticas (e dos inevitáveis impactos que um pequeno acontecimento isolado ou uma frase discursada no tom errado provocaram, impedindo um rumo diferente da História) com a frieza lúcida na apresentação dos factos - de forma absolutamente independente da sua nacionalidade.
Quanto à escrita... Flui facilmente, mas é ligeiramente trabalhada. Seja como for, o ritmo é o de quem apresenta a História numa calma narrativa, com direito a passagens verdadeiramente introspetivas e a pequenas ironias que a alguns poderão passar despercebidas.
Se há algo que devo criticar é o facto de, numa Guerra tão global, o autor ter focado toda a parte final do livro no panorama político britânico, quase esquecendo o que se passava além-fronteiras. Confesso que me custou um pouco fazer a leitura desses capítulos...
De qualquer forma, há algo que sabemos... Mais do que inglesa ou americana, alemã ou russa, francesa ou japonesa. a II Grande Guerra foi mundial. E, mesmo que a Europa fosse o centro de decisão de ambas as Alianças em confronto, os outros continentes foram também devastados... Mesmo que não na forma de palco de guerra, mas certamente como países com recursos devastados e vidas ceifadas pelo ódio...
Boas leituras!! ;)
Unboxings, updates de leitura e uma data de loucuras aleatórias! Não me digas que tens perdido...
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