Review: "Mentes Poderosas", de Alexandra Bracken

17/03/2019



Editora: Editorial Presença

Autor: Alexandra Bracken

Edição: 1

Número de páginas: 370



Sobre a autora

Nascida em Phoenix, Arizona, Alexandra Bracken cresceu a alimentar a sua imaginação por influência do mundo de Star Wars, apreciado pelo pai. Estudou Inglês e História, depois de vender o seu primeiro livro, já no secundário. Mais tarde, trabalhou na edição de livros infantis, dedicando-se agora à escrita a tempo inteiro.



O livro

Olá a todos!! :)

Depois de saber da novidade cinematográfica (agora, já não tão novidade...) e de dar de caras com a classificação elevada que "Mentes Poderosas" alcançou no Goodreads, fiquei bastante agradecido à Marcador Editora pela oferta de um exemplar.

Num futuro próximo, os EUA foram assolados por um terrível vírus capaz de arrasar com a população de crianças e adolescentes. Poucos foram os que sobreviveram. E os que conseguiram, viram os seus organismos acionarem um desconhecido mecanismo de defesa... De um momento para o outro, estes jovens tinham desenvolvido estranhos superpoderes, o que os colocava na mira do governo...

Ruby tinha dez anos quando foi levada para um Campo do governo destinado a estas crianças. Ficou presa a uma vida rotineira e de obediência extrema (bem como de trabalho forçado) durante mais de cinco anos. Tem já dezasseis anos quando uma das médicas do Campo a informa que a sua vida corre perigo e a ajuda a escapar daquele lugar para uma fuga constante e desordenada...

Tudo bem, a ideia que serve de base ao livro não é a mais original de todas... Mas a verdade é que o mundo criado por Alexandra Bracken consegue ser bastante diferente, envolvido num nevoeiro próprio e um tanto confuso-perturbador. A única coisa que tenho a apontar é que todo ele (incluindo a divisão dos miúdos em função dos seus poderes) deveria ter sido dado mais aos poucos.

Quanto ao resto, devo dizer que estou dividido. E que, por esse motivo, a minha opinião não se aplica ao livro todo... Sim, porque este é o típico livro que nos faz cansar e logo depois nos apanha na curva para dizermos que, afinal, até é uma boa história. O mesmo acontece para quase todas as restantes dimensões.

Por exemplo... Na primeira metade do livro, tudo o que tinha a dizer sobre as personagens (e relações entre elas) era que tudo estava demasiado confuso e mal delineado. Já na segunda metade, as coisas começaram a compor-se e, para além de um romance interessante, ainda consegui sentir que a protagonista (até então com bastantes falhas ao nível da sua construção) vai ultrapassando um medo profundo e cresce interiormente.

Por vezes, algumas partes iam-se perdendo e caindo no campo do cansativo, apesar das frequentes perseguições ou cenas de ação. Na verdade, aquilo que faltou foi a criação de um propósito para o leitor, desde o princípio. Depois da frenética fuga do Campo, não existe um objetivo maior no inconsciente do leitor. É como se Ruby se limitasse a andar e a conhecer pessoas.

De qualquer das formas, mesmo enquanto as personagens não estão ainda a conquistar, a leitura vale só pelo estilo da autora. A sua escrita e o ambiente nevoento fazem-nos continuar, para saborear só uma frase... Só mais uma palavra.

E, depois, temos algumas (leves) reviravoltas no final do livro... E então o final!! Enfim, terminamos a leitura com uma ambiguidade sentimental bem confusa dentre de nós... Mas, para nos manter agarrados, fica a escrita da autora. A enganar-nos a boca até à última palavra firme.

Boas leituras!! ;)

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