Review: "Tiro Certeiro", de Robert Muchamore

01/08/2019



Editora: Porto Editora

Autor: Robert Muchamore

Edição: 1

Número de páginas: 328




Sobre o autor

Robert Muchamore nasceu em 1972, em Londres. Desde que escreveu "O Recruta", em 2003, a sua popularidade e sucesso literário (especialmente entre os mais novos) cresceu. O último livro da CHERUB foi publicado em 2016



O livro

Olá a todos!! :)

Finalmente, o desafio "De Uma Ponta a Outra", de "Henderson's Boys" pode continuar no ritmo merecido. Até porque a publicação do último volume da coleção não tardará muito a sair!

Nesta penúltima aventura dos jovens espiões ingleses na França dominada pelos alemães, tudo começa com uma fuga de uma execução que acaba em carnificina... Apenas a agente Rosie e a cúmplice Edith conseguem escapar com vida, sendo que a segunda rapariga se encontra em risco de vida...

Nos dias seguintes, à agência em Inglaterra chega uma missão de prioridade máxima: destruir o bunker onde um conjunto de cientistas são forçados pelos alemães a desenvolverem a arma mais mortífera que o mundo jamais conheceu (nome de código: FZG-76)... Mas, para se conseguirem infiltrar naquele lugar, os nossos agentes precisam de treino de francoatirador. Isso e uma grande dose de coragem!

Esta não foi, de todo, a melhor aventura da coleção. E, de longe, a melhor que Robert Muchamore já escreveu. Infelizmente, esta coleção tem vindo a mostrar um decréscimo de qualidade ao longo do tempo (ainda que nunca roce sequer o "fraco"). Ainda assim, para os leitores de "CHERUB", a experiência pode tornar-se um pouco desilusiva...

Seja como for, há que lembrar a criatividade do autor, especialmente depois de um processo de considerável pesquisa, demonstrado subtilmente, aqui e ali, conforme esperado num livro infantojuvenil.

O estilo do autor continua igualmente interessante, cativando pela sua descontração e pela escolha simples de palavras, articuladas num ritmo inegavelmente fluido.

No entanto, lamentavelmente...

A história falhou.

Já não falo da ausência de sensação de se estar infiltrado, num quotidiano de missão em que é necessário fingir ser quem não se é. Também não me refiro ao facto de a violência ser extrema e, por vezes, simplesmente gratuita aos olhos das personagens. Falo, sim, do modo como a ação se construiu, sem que tivéssemos sempre um objetivo claro. Sem que fosse dado espaço suficiente para a concretização da missão final.

Mais do que isso, o problema foi também a construção das personagens, a qual Muchamore conseguia ir fazendo ao longo de diálogos relaxados ou decisões sob pressão. Sem grande espaço para um conhecimento por parte do leitor (e passadas umas quantas atitudes impossíveis de angariarem solidarização), acabamos por sentir que, regra geral, não são cativantes para nós.

Continuo a aconselhar a coleção principal a todos (em particular, a (pré-)adolescentes)! Mas a verdade é que, com o passar do tempo, esta coleção revela não estar bem desenhada para o público-alvo em questão, pelo que a indicaria especialmente a adolescentes mais crescidos e a todos os que apreciem o contexto da II Guerra Mundial, apresentado numa perspetiva distinta - por ser muito mais prática e despretensiosa - das que circulam.

Boas leituras!! ;)

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