"O Leão, a Deiticeira e o Guarda-roupa"

Da primeira vez, Lucy descobre acidentalmente Nárnia quando, a meio de um jogo, se esconde num guarda-fatos mágico, na casa do professor solteirão onde vive temporariamente com os três irmãos, Edmund, Susan e Peter. Depressa os quatro irmãos entram para o reino encantado, gelidamente governado pela Rainha Má, a qual conseguiu colocar um dos irmãos do seu lado...

"O Príncipe Caspian"

A segunda aventura dos irmãos é talvez a mais aborrecida (ops, não consegui deixar a opinião só para o fim XD)... Seja como for, os irmãos voltam a Nárnia um ano depois. Na verdade, em tempo de Nárnia já se passaram séculos e agora o herói da história é o príncipe Caspian, o qual foge do tio, rei do povo que invadiu Nárnia, e tem de o combater para se tornar o legítimo Rei.

"A Viagem do Caminheiro da Alvorada"

Finalmente, no terceiro volume, Lucy e Edmund regressam a este lugar encantado através de um quadro que os leva diretamente ao mar agitado de Nárnia, numa embarcação onde viaja o Rei Caspian e alguns súbditos leais. Juntos, descobrirão o mundo de Nárnia para além da terra que conhecem, numa aventura bastante perigosa...!

Quanto às histórias, é isto que tenho para vos apresentar! Agora, é o momento de expressar a minha desilusão...

Antes de mais, devo admitir que a criatividade não é o problema do autor... Em nenhum dos livros. Essa questão prende-se com todo o trabalhar da história. Pelo menos, ao contrário do que aconteceu no volume anterior a esta trilogia, a sensação que tive, de que existe conteúdo (e não apenas uma enorme necessidade de preencher as páginas). Para além disso, senti alguma magia, essencialmente no primeiro destes livros (ainda que haja a possibilidade de esta apenas tenha sido ativada pela minha longínqua memória do filme - o qual consigo evocar da minha infância).

O grande problema, na verdade, foi as personagens. Para além de claramente não existir uma noção de propósito na cabeça do autor (o mesmo que nos faz ligar às personagens e mantermo-nos a torcer por elas), elas parecem absurdamente semelhantes (e sem nenhum sal). Curiosamente, surpreendemo-nos com uma mudança nas atitudes da Edmund entre o primeiro e o segundo livros, mas mesmo esta ocorreu de forma súbita. Sem tempo para justificação ou desajeitado amadurecimento. As coisas que ocorrem com as personagens, acontecem só porque sim. 

Quanto à escrita, devo dizer que é de fácil leitura... para adultos. O vocabulário utilizado não a tornam fácil para um livro de leitura infantil autónoma. Esta situação, quando aliada aos diálogos, torna-se absolutamente incomportável, ou não fossem todos parecerem planos e nada naturais. De qualquer das formas, por vezes, o autor consegue introduzir alguns expressões bonitas, ainda que raramente "na sua simplicidade".

Acima de tudo, a dificuldade do autor em manter-nos embrenhados na leitura e minimamente ligados à história depois de nos ter enlevado na magia das primeiras páginas é absurdamente notória para um autor considerado deste calibre.

O único volume que ainda me suscitou algum interesse na aventura foi o terceiro.

Boas leituras!! ;)