No fundo, "Black Mirror" trata-se de uma antologia, com episódios independentes a retratarem uma sociedade (ou várias, na verdade) que servem para abordar o futuro humano (ou, se quisermos, um presente com diversos "defeitos" da sociedade levados ao extremo). Ou seja, o efeito pretendido é o de um certo choque e revolta no estômago.

 No entanto, o que não raras vezes acontece é que o choque é demasiado forçado ou então rápida e incomodativamente passa ao puro nojo, desagradável a qualquer espectador (assim espero...). E o pior é que nem assim muitos episódios ganham um sentido ou significado claro.

As personagens sempre levantam um pouco a classificação da série. Não sendo especialmente cativantes, nem podendo ser muito exploradas (visto durarem apenas um episódio), estas vão-nos sendo apresentadas aos poucos, introduzindo-nos no seu mundo ao longo do episódio.

O mesmo acontece na maioria dos casos com os mundos criados nos episódios também nos chegam na mesma dose pequena e bem medida para que possamos emergir nos detalhes bem pensados do seu mundo.