TV: Designated Survivor (1ª temporada)

05/08/2020

Episódios: 21 (45 min) - País de origem: EUA - Ano: 2016

Avaliação: 10/10

Trailer

Review


Olá a todos!! :)

Foi com um estranho receio que me lancei a esta série em pleno domingo... Tinha receio, visto que me aguardavam 21 episódios, só na primeira temporada! Por outro lado, pensei que poderia ser uma série para se "ir vendo", com a calma de quem está numa época de exames e por esse motivo não se consegue dedicar inteiramente aos prazeres desta vida... Mas enganei-me redondamente. Quando dei por mim, estava a reservar todos os dias um horário para ver "só mais um episódio" que me deixava a morrer pelo próximo. E, no domingo seguinte, a série estava oficialmente terminada!


Mas comecemos pela história... Tom Kirkman trabalha no departamento do desenvolvimento urbano dos EUA e está prestes a ser demitido pelo atual presidente, devido a um conjunto de jogos de influências... Contudo, há algo que muda a sua vida para sempre...um ataque terrorista.

Numa noite aparentemente tão normal quanto qualquer outra, o Capitólio dos EUA, símbolo de força e poder, explode brutalmente, matando todos os líderes atuais do país, incluindo o próprio presidente da nação. E, inesperadamente, o sobrevivente designado (a pessoa que lhe sucederá pela morte) é... ele mesmo! Tom Kirkman!


Esta é a história de um homem comum e humilde que se vê na posição mais poderosa do mundo, num país e num mundo a braços com uma crise sem precedentes. Ao longo da série, acompanhamos, não só a história do novo presidente e do seu staff, que têm de lidar com jogos e mais jogos políticos, mas também seguimos a agente do FBI que se encontra obstinada em descobrir quem está realmente por trás do atentado, quando o alvo mais fácil é um grupo terrorista islâmico. E estas duas realidades vão-se desenvolvendo e interligando até se tornarem em uma única. Uma única ameaça, um enorme problema a resolver.

Gente, eu juro que viciei nesta série como já não acontecia há séculos! A todo o momento existia um twist qualquer que me fazia continuar a ver o episódio, o qual terminava SEMPRE com outra reviravolta inesperada... Acreditem, passava o tempo entre um episódio e outro com súbitas lembranças da série, envoltas numa ansiedade incontrolável para continuar a assistir.

Para além da maestria na construção do enredo, a série preza por um guião imensamente bem escrito e por atores que o sabem executar com toda a naturalidade e realismo. As personagens são igualmente responsáveis por nos manterem os olhos no ecrã, de tão próximas que se tornam de nós. Algumas de forma mais misteriosa do que outras, todas elas acabam por ser verdadeiramente cativantes. A congressista que parece lutar pelo poder nos jogos de interesses e influências da política, a mulher do presidente que se afirma com uma voz forte e luta ativamente pelos direitos humanos dentro da sua esfera; e ainda o staff do presidente, que faz de tudo para que este consiga ser bem sucedido no meio de todos os problemas. E isto apenas acontece porque Kirkman é um líder nato e um homem que, apesar de se ver na posição mais poderosa do mundo, continua a ser fiel aos seus valores e a guiar-se por eles (bem como pelo interesse de todo o país e do mundo) em todas as decisões da sua governação. É verdadeiramente utópico pensar que algum dia isso aconteceria, quanto mais dado o nome de trampa que vemos associado à Casa Branca nos dias de hoje... Mas sabe tão bem!

Neste sentido, não deixamos de nos ligar aos dramas pessoais que acompanham as personagens ao longo dos episódios. E isto inclui romance, dúvidas de paternidade, e mesmo o caminho de desenvolvimento pessoal e de reforço de confiança por parte de Kirkman... Um homem que, apesar da loucura em que se vê metido, continua a procurar o melhor para a sua família e até a despender de algum tempo com ela. E estes pequenos momentos são também um dos fatores que motivam a cumplicidade que nutrimos pelas personagens.

Esta série dá-nos ainda a conhecer a bipolaridade política americana, incluindo a sua tendencial divisão por Estados e partidos. Acima de tudo, aproveita para consciencializar e humanizar algumas opiniões políticas. E é assim que "Designated Survivor" reveste o contexto político americano de um tom quente e lhe confere um sentimento digno e profundamente humano. As nossas personagens não se esquivam de golpes nem alimentam outros pelo poder e pela vingança, num tom frio semelhante ao de "House of Cards". Pelo contrário, Kirkman embrenha-se no meio de jogos e alianças para sair de cada jogada com a sensação de consciência tranquila de quem agiu de pelo bem maior.

O único inconveniente para mim foi o facto de ter esperado uma reviravolta final mais complexa, porque o responsável acabou por ser uma personagem bastante secundária, o que torna este twist ligeiramente preguiçoso. Mas é claro que estas expectativas só aconteceram porque ADOREI a série do início ao fim e queria algo absolutamente bombástico. Esta foi uma das melhoras séries que já vi! Só tenho a dizer-vos: VEJAM! Assim que puderem, vejam! Não se vão arrepender!

Boas leituras!! ;)


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