Estas famílias, especialmente a geração mais jovem (o que seria de estranhar!..), tratam as pessoas negras como se não o fossem, chegam mesmo a usar casas de banho separadas dos negros, etc.

Neste meio, destaca-se a jovem Skeeter, que, após voltar dos estudos fora da localidade, decide recolher testemunhos das empregadas negras que trabalham na região, com vista à escrita de um livro. Mas rapidamente é informada de que precisa de obter muitas mais as confissões do que as duas que referi anteriormente.

Ela precisava de mais entrevistas. Mas ninguém queria problemas. O dinheiro faz falta e a comida não é abundante. As represálias não se fariam esperar.

Bem, devo confessar que a história e o tema não são muito criativos. Na verdade, não trazem nada de novo. O tema do racismo já foi bastante explorado e com perspetivas semelhantes. No entanto, a abordagem foi especial e com um toque próprio e bastante emotivo e leve.

Para ser sincero, o ponto alto do filme (e que fez grande diferença) foi a interpretação das atrizes, particularmente as três principais, que nos conseguem fazer sentir o mesmo que elas: a alegria que Minny exterioriza (não obstante tudo o que tem passado), o medo de que a história não vá para a frente, a frustração na improdutiva procura de novos testemunhos. Acima de tudo, invadiu-me a revolta e a raiva nos momentos em as pessoas negras eram desprezadas e maltratadas pela superficialidade dos/das fúteis que usavam roupas e joias caras.